A Bíblia Sagrada, nossa única e toda-suficiente regra de fé e prática, foi escrita por homens divinamente inspirados e é o registo da revelação pessoal de Deus. É um tesouro perfeito de instrução Divina. Tem Deus como autor, a salvação do homem como fim e a verdade, sem mescla de erro, como conteúdo. Revela o plano de Deus para a nossa Salvação e os princípios pelos quais Deus nos há-de julgar. É a autoridade absoluta e o padrão supremo pelo qual toda a conduta humana, as opiniões religiosas e os próprios credos devem ser testados. É também, como revelação de Jesus Cristo, o centro da verdadeira unidade cristã.
(II Timóteo 3:16-17; II Pedro 1:21; II Samuel 23:2; Actos 1:16; Provérbios 30:5-6; João 17:17; Romanos 3:4; Apocalipse 22:18-19; I Cor. 4:3-4; Lucas 10:10, 16; 12:47-48).
Há somente um Deus vivo e verdadeiro; Ser pessoal infinito, inteligente e espiritual: o Criador, Redentor, Sustentador e legislador do universo, digno do mais puro amor, reverência, adoração e obediência. O Eterno Deus revela-se a nós como Pai, Filho e Espírito Santo, com atributos pessoais distintos, mas sem divisão de natureza, ser ou essência.
1. Deus, o Pai
Deus como Pai, reina com cuidado providencial sobre o Seu universo, as Suas criaturas e o curso da história humana, segundo os propósitos da Sua graça. Ele é todo-poderoso, perfeito em amor e sabedoria. É verdadeiramente Pai para todos os que aceitam Jesus Cristo, seu Filho, como Salvador pessoal.
2. Deus, o Filho
Jesus Cristo é o eterno Filho de Deus. Na Sua encarnação, Ele foi concebido do Espirito Santo e nascido da virgem Maria. Revelou e consumou de forma perfeita a vontade de Deus, tomando sobre si mesmo as exigências e as necessidades da natureza humana e identificando-se completamente com a humanidade que veio remir, embora sem pecado. Honrou a Lei Divina pela Sua obediência pessoal e na Sua morte sobre a cruz providenciou para o homem a expiração dos seus pecados. Ressuscitou com um corpo glorificado e apareceu aos Seus discípulos de forma visível, audível e palpável. Ascendeu ao Céu e é agora exaltado à mão direita de Deus, como o único Mediador, participante da natureza de Deus e do homem, em cuja pessoa se efectua e reconciliação com o Pai. Virá segunda vez em poder e glória para julgar o mundo e consumar a Sua missão redentora. Jesus Cristo habita agora em todos os crentes na qualidade de Senhor vivo e eternamente presente.
3. Deus, o Espírito Santo
O Espírito Santo é o Espírito de Deus. Foi Ele quem inspirou os homens santos de outrora a escrever as Escrituras. Habilita hoje o homem a compreender a verdade através da sua iluminação. Exalta Cristo como Senhor. Convence do pecado, da justiça e do juízo. Convida os homens ao Salvador e efectua a regeneração. Cultiva o carácter cristão, conforta os crentes, habita neles e lhes confere dons espirituais através dos quais servem a Deus na Sua Igreja. Ilumina os crentes e os reveste de poder para a adoração e o serviço da evangelização.
(João 4:24; 15:26; Salmo 83:18; Heb.3:4; Romanos 1:20; Jeremias 1:10; Êxodo 1:11; Isaías 6:3; I Pedro 1.15-16; Apocalipse 4:11; Marcos 12:30; Mateus 10:37; 28:19-20)
O homem foi criado por Deus à Sua imagem, como coroa da Sua criação. Era no principio inocente e sem pecado, sendo dotado de liberdade de escolha. No uso da sua liberdade o homem pecou contra Deus e por transgressão voluntária caiu do seu primitivo estado de santidade, trazendo o pecado sobre toda a raça. A sua posteridade herdou consequentemente uma natureza pecaminosa, de sorte que todos se tornaram transgressores, estando debaixo da condenação.
Só a graça de Deus pode restaurar o homem à Sua santa comunhão e habilitá-lo a cumprir o propósito do seu Criador. A dignidade da pessoa humana é revelada no facto de Deus haver criado o homem à Sua própria imagem e no facto deste ser objecto do Seu infinito amor, a ponto de Cristo morrer para o salvar, apesar de pecador perdido e sem esperança.
(Génesis 1:27,31; 2;16; Eclesiastes 7:29; Actos l7:26; Romanos 5:21;15-19; João 3:6; Salmo 51:5; Efésios 2:3; Ezequiel 18:19-20; Gálatas 3:22).
A salvação envolve a redenção do homem total. É oferecida espontânea e gratuitamente a todos os que aceitam Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal, o qual por decreto do Pai tomou voluntariamente a forma humana, fazendo por Sua morte a expiação completa dos nossos pecados. Num sentido mais amplo, a salvação inclui regeneração, santificação e glorificação.
Regeneração, ou novo nascimento, é a operação da graça de Deus pela qual os crentes se tornam novas criaturas em Cristo. É uma mudança de coração produzida pelo Espírito Santo através da convicção do pecado, à qual o pecador responde em arrependimento para com Deus e fé no Senhor Jesus. O arrependimento e a fé são experiências inseparáveis de graça divina, que dão à vida uma nova direcção. A justificação introduz-nos a um estado de paz e favor que nos asseguram todas as bênçãos necessárias, nesta vida e no além. A justiça perfeita de Cristo é-nos imputada gratuitamente por Deus.
Santificação, é um processo espiritual que começa na regeneração e visa a perfeição do crente, através da presença e do poder do Espírito Santo que nele habita.
Glorificação, é a plenitude da salvação e o bendito estado final dos remidos.
(Efésios 2-.5; 1 João 4:10; I Coríntios 3.5-7; João 3:16; Isaías 53:4-5; Hebreus 7:25; Colossenses 2:9; Efésios 3:8; Romanos 5:1-22,9; 3:24-26; Apocalipse 22:17; Actos 17:30; Marcos 1:15-17; João 3:19;5:40; João3:3,6-7; Apocalipse 7:13-14; Ezequiel 36:26; 1 Pedro 1:22; 1 João 5:1,4,18; Efésios 2:8; Romanos 10:9-1 1; Hebreus 4:14; I Tessalonicenses 4:3;5;:23; Efésios 1:4; 11-12; 6:18; Filipenses 2:12-13; 1 Pedro 2:2).
A eleição é o propósito da graça de Deus segundo o qual Ele regenera, santifica e glorifica o pecador arrependido e crente. É perfeitamente coerente com a livre escolha do homem, sendo a manifestação por excelência da soberana bondade de Deus, infinitamente livre, sábia, santa e imutável. Todos os verdadeiros crentes estão seguros nas mãos de Deus. Aqueles que Deus aceitou em Cristo e santificou pelo seu Espírito jamais cairão do seu estado de graça, sendo conservados até ao fim.
(II Timóteo 1:8-9; II Tessalonicenses 2:13-14; I Coríntios 1:26-31; 4:7; Romanos 3:27; 8:28,30; I Tessalonicenses 1:4; II Pedro 1:1 0-1 1; Filipenses 3:12; Hebreus 6:1 1; Romanos 8:28; Mateus 6:30-33; Filipenses 1:6, 2:12).
Uma igreja de Cristo é, segundo o Novo Testamento, um corpo local de crentes baptizados, identificados uns com os outros pela confissão da mesma fé e unidos por um mesmo pacto na comunhão do Evangelho. É uma congregação de crentes baptizados regida pelas leis de Cristo, que observa as Suas ordenanças, pratica os Seus ensinos e exerce os dons, direitos e privilégios de que foi investida pela Palavra Divina, com o fim de espalhar o Evangelho até aos confins da Terra. É uma comunidade autónoma de governo democrático sob a soberania de Jesus Cristo. Os seus oficiais são, de acordo com o Novo Testamento, os pastores e os diáconos. Todos os seus membros têm iguais direitos, privilégios e responsabilidades.
A igreja num sentido geral é, segundo o Novo Testamento, o corpo de Cristo, incluindo todos os remidos de todos os tempos.
(Actos 2:41-42; 13:23; 15:22; I Coríntios 14:12; II Coríntios 8:5; Filipenses 1:1; I Timóteo 3:1).
O baptismo cristão é a imersão do crente em água, no nome do Pai, Filho e do Espirito Santo. É um acto de obediência que simboliza a sua fé no Salvador crucificado, sepultado e ressuscitado. Representa ainda que o convertido morreu para o pecado, tendo-se verificado o sepultamento da sua velha natureza e a sua ressurreição para uma nova vida em Cristo. Este acto simbólico de testemunho deve preceder a entrada do crente na comunhão da igreja, pois, como ordenança do Senhor, o constitui participante de todos os privilégios de membro e lhe dá acesso à ceia do Senhor.
A ceia do Senhor é igualmente um acto de obediência pelo qual os membros da igreja participam do pão e do vinho, comemorando juntos a morte de Jesus Cristo e apontando para a sua segunda vinda. Esta ordenança da igreja local representa também a nossa comunhão espiritual com Ele, a nossa participação na Sua morte e o testemunho vivo da nossa esperança.
(Actos 2:41-42; 8:36-39; Mateus 3:5-6; 28:19; Gálatas 3:27-28; Romanos 6.-4; Colossenses 2:12; Lucas 22:19-20, Marcos 14:20-26; Mateus 26:27-30; I Coríntios 11:27-30; João 6:35).
O Domingo, Dia do Senhor e o primeiro da semana, é o dia em que o crente comemora a ressurreição de Cristo descansado das suas actividades seculares. Deve ser consagrado ao exercício do culto, do testemunho e de outras formas de serviço espiritual, tanto público como privado.
(Mateus 28:1; Marcos 16:2; Lucas 24:1; João 20:1, 19; Actos 20:7; I Cor 16:2; Apocalipse 1:10).
O reino de Deus inclui a sua soberania geral sobre o universo e sobre todos os homens que espontânea e voluntariamente O reconhecem como Rei e Senhor. Todos os crentes devem orar e esforçar-se para que o reino de Deus venha em plenitude e a Sua vontade seja feita sobre a Terra. A consumação plena do Seu reino aguarda a segunda vinda de Jesus Cristo e o fim da era presente.
(Mateus 3:2; 5:3-6; 6:9-10,33; 18:1-3; 28:19; Marcos 1:14-15; 4:27; Apocalipse 5:1 Romanos 14:17).
Deus, no seu devido tempo e a seu modo, conduzirá todas as coisas neste mundo ao seu adequado termo. Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente em glória, de acordo com a Sua promessa. Os mortos ressuscitarão e Cristo julgará todos os homens com rectidão. Aqueles que persistirem na incredulidade e na impenitência receberão no inferno a sua eterna punição. Os salvos fruirão a bem-aventurança eterna em seu corpo ressuscitado e glorificado, e habitarão eternamente no Céu com o Senhor.
(Mateus 25:31-46; Lucas 18:8; 23:42-43; Actos l: 7-l l; João3:36; 12:25- 26; Salmos 10:4; I Pedro 4:7; I Coríntios 6:9-10; 15:50-58; Hebreus 1:10-12; Mateus 13:37-43; Lucas 14:14; Daniel 12:2; Apocalipse 22:1 1; I Tessalonicenses 4:16- 17; II Tessalonicenses 1:6-12; Romanos 2:2-16; I João 4:17; Apocalipse 20).
É dever e privilégio de todas as igrejas e de cada crente em particular, esforçarem-se por fazer discípulos em todas as nações. O novo nascimento do espírito do homem pelo Espírito de Deus faz nascer nele também o amor pelos outros. O esforço missionário é repetida e expressamente ordenado nos ensinos de Jesus, assentado numa necessidade espiritual da vida regenerada. É, pois, dever de todo o filho de Deus procurar ganhar almas para o Salvador através do testemunho pessoal e do uso de todos os meios consentâneos com o Evangelho de Cristo.
(Mateus 28:19-20; Marcos 16:15; Lucas 9:1-6; 10:1; 24:46-48; João 1 5; 16; 1 7:11-20; Actos 1:8;4:33; 14:21-27; I Tessalonicenses 1:6-9; II Timóteo 2:1-13).
Deus é a fonte de todas as bênçãos temporais e espirituais. A Ele devemos tudo o que somos e tudo o que possuímos. Temos, por conseguinte, uma divida espiritual para com o mundo, pois somos feitos depositários do Evangelho e despenseiros da graça de Deus. É nossa obrigação servi-lo com o nosso tempo, os nossos talentos, o nosso amor e os nossos bens materiais, devendo reconhecer que todos estes dons nos foram confiados com o fim de os usarmos para a g1ória de Deus e ao serviço do nosso próximo. Ensinam as Escrituras que o crente deve contribuir para a igreja, alegremente e com regularidade, tomando como base o dízimo dos seus rendimentos e cultivando liberalidade na prática de uma mordomia integral, com o alvo de promover o avanço da causa do Redentor sobre a Terra.
(Génesis 14:20; Hebreus 7:1; Génesis 28:20-22; Malaquias 3:7-10; I Coríntios 16:1-2; II Coríntios 8-9).
Reconhecendo que a cooperação é um principio clara- mente expresso nas Escrituras, o povo de Cristo deve assegurá-la da melhor maneira possível, tendo em vista a concretização dos grandes objectivos do Reino de Deus. As organizações de cooperação, embora não tenham autoridade sobre as igrejas nelas associadas, são formadas para despertar, unir e coordenar as actividades que em conjunto, voluntariamente, se propõem empreender. As igrejas devem cooperar umas com as outras no avanço da obra missionária, educacional e beneficente. Unidade cristã, no sentido do Novo Testamento, é harmonia espiritual e cooperação voluntária para os mesmos fins comuns.
(Filipenses 1:5; 4:3; I Coríntios 3:9; II Coríntios 8:23; 11:28; Colossenses 4:11; 1 Tessalonicenses 3:2, III João 8; I Tessalonicenses 1:7-10; Romanos 1:14-15; 15-25-27).
Todo o crente aceita, por imperativo de consciência cristã, a supremacia de Cristo na sua vida e na sociedade e o estabelecimento da justiça entre os homens só podem ser verdadeira e permanentemente proveitosos, quando fundados na regeneração pela graça salvífica de Deus em Jesus Cristo. O crente deve esforçar-se por promover por todos os meios ao seu alcance os princípios da justiça social, a verdade e o amor fraternal. Deve para isso estar pronto a cooperar com todos os homens de boa vontade em todas as causas justas, cuidando sempre de agir no espírito de amor, sem comprometer a ética cristã, procurando ser inteiramente leal a Cristo e à sua Palavra.
(Levítico 19:18; Miqueias 6:8; Isaías 1:16-18; Mateus 19:19; 22:39; Marcos 12:31; Romanos 12-.13-21; 13:8-12; Gálatas 5:14; Tiago 2:8; Salmo 11:7; 33:5; 45:7; Mateus 5:6, 10; 5:39-48; João 13:25).
É dever de todo o cristão promover a paz entre todos os homens dentro dos princípios da justiça. Em harmonia com o espírito e os ensinos de Cristo, o crente deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar ou pôr fim à guerra, ciente de que a verdadeira solução para os conflitos entre os homens se encontra no Evangelho. A necessidade suprema do mundo é a aceitação dos ensinos de Cristo em todos os sectores da vida dos homens e das nações e a aplicação prática da sua lei de amor.
(Isaías 2:2-4; 9:6-7; Mateus 5:9; Lucas 1:79; 2:14,29; 10:5; Actos 10:36; Romanos 5:1; Colossenses 1:20; Efésios 4:3; Hebreus 12:14; Romanos 12:18; 14:19; I Coríntios 14:33)
Deus é o único Senhor da consciência. Sendo o governo civil uma instituição estabelecida para promover os interesses e o bem-estar da sociedade humana, é nosso dever orar pelas autoridades constituídas e prestar-lhes obediência em todas as coisas que não sejam contrárias à vontade revelada de Deus. Deve haver inteira separação entre a igreja e o estado, devendo este assegurar a cada igreja protecção e inteira liberdade para o exercício da sua missão espiritual. Nenhum grupo eclesiástico ou denominação deve ser favorecido pelo estado, nem a igreja deve depender do poder civil para realizar a sua obra. Uma igreja livre num estado livre, é o ideal cristão, e isso implica a garantia do livre acesso a Deus por parte de todos os homens e o direito a terem e difundirem as suas crenças religiosas, sem qualquer interferência por parte do poder civil.
(Romanos 13:1-7; 14:9-12; Mateus 10:28; 22:21; 23:10; Tito 3:1; I Pedro 2:13; I Timóteo 2:1-8; Actos 4:18-20; 5:29; Apocalipse 19:16; Salmo 2; 72:11).
O casamento é a base fundamental da família; é o vínculo voluntário e legalmente assumido entre um homem e uma mulher que se amam, constituindo uma união espiritual, psíquica e física. Esta unidade é monogâmica, heterossexual e indissolúvel, segundo o plano de Deus, expresso na Sua Palavra. No pleno gozo de igualdade de valor e dignidade pessoal, cada um dos cônjuges desenvolve todo o seu potencial humano dentro da especificidade de funções de cada um: o homem como líder e a mulher como coadjutora.
(Gn 1:27-28; 2:24; 2:18; Ef 5:22-33; I Co 13).
A Escritura repudia o divórcio; não o recomenda como solução, recomenda a reconciliação e o perdão entre os cônjuges. Admite-o apenas em condições de excepcionalidade.
(Ml 2:16; Mt 19:8-9; Mt 19:9; I Co 7:10-16).
Como o divórcio, também um outro casamento não está no plano de Deus para a família. São situações de grande excepcionalidade, conforme deliberação consciente e responsável dos principais decisores. Um novo casamento é aceitável no caso do falecimento de um dos cônjuges, contanto que seja no Senhor e admissível no caso da vítima de adultério.
(I Co 7:36-39; Rm 7:1-3; Mc 10:11-12; Mt 19:9; Lc 16:18).
A união conjugal entre crentes e não crentes não tem aprovação divina. Nos casos de união conjugal anterior à conversão de um dos cônjuges em que o marido ou a mulher consentem em coabitar, o crente não deve separar-se do seu cônjuge, pois até pode acontecer o milagre da sua salvação. Se o não crente, por questões religiosas, se quiser separar do seu cônjuge, o crente poderá aceitar o divórcio.
(Dt 7:3-4; Ne 13:23-27; II Co 6:14; I Co 7:12-16).
O Deus Criador é Deus de ordem e de decência. Para tudo, Deus tem determinado o tempo certo e a sua função. Só quando o homem e a mulher atingirem a capacidade de emancipação dos pais é que se deve concretizar o casamento, iniciando a sua relação sexual responsável e em condições de procriar e educar. A Bíblia reputa como pecado as relações extraconjugais (adultério) e pré-matrimoniais (fornicação).
(Gn 1:28; Pv 1:8; 4:1; 13:1; At 15:20; I Co 5:1; Gl 5:19; Ef 5:3; Jd 7; Hb 13:4).
Deus criou o homem, concedendo-lhe a prerrogativa de fecundidade, fertilidade e natalidade, permitindo-lhe a multiplicação da espécie humana, povoando e dominando a Terra. Deus não condena o ato sexual em si, mas a prática sexual desgovernada, sem limites e sem princípios divinos. Deus não deixa a sexualidade ao critério de cada um, até mesmo aos casados lhes adverte e aconselha para que nenhum dos cônjuges negue o sexo, antes procedam com consentimento mútuo. A atração física, emocional e o verdadeiro amor no casamento são condições indispensáveis para uma sexualidade abençoada. Todas as práticas sexuais desviadas dos padrões das Escrituras se inscrevem no mundo do abrasamento e das perversões (parafilias), degradantes da vida e da sua dignidade, a saber: prostituição, homossexualidade, pedofilia, pornografia, incesto, violação e bestialidade.
(Gn 1:27-28; Gl 5:19; I Co 7:2-5; I Co 6:15-16,18; Gl 5:19-21; I Ts 4:3; Lv 18:22; 20:10-21; Rm 1:26-27; Lv 20:4-5; Mt 18:6-7; I Tm 1:9-10; Ap 21:8; Dt 27;22; Lv 18:6; 20:17; Dt 22:25; II Sm 13:10-17; Lv 18-23; 20:15-16; Gn 3:21; Pv 6:24-26).
Toda a vida foi criada por Deus. O ser humano foi criado por Ele à Sua imagem e conforme à Sua semelhança. A vida humana começa no ato da concepção visto que a partir desse momento existem de facto, e não apenas em potencial, todas as características genéticas de um ser humano individual plenamente desenvolvido. Esta posição é a que encontramos na Bíblia em todos os textos que falam da vida do feto e que se referem a ele como pessoa. Somos chamados assim a defender a vida e os inocentes. Consideramos o aborto como homicídio.
(Gn 1:27-28; Is 49:1; Êx 21:22-23; Jó 1:21; Sl 139:13-16; Lc 1:15;41-44; Jr 1:4-5; Gn 9:6; Êx 20:13).
Deus é o Criador e Senhor de toda a Vida. Ele é aquele que dá e toma a vida. Valorizamos a Vida como presente de Deus do qual somos mordomos e não donos. Na Vida há um propósito divino não somente nos momentos de saúde, prosperidade e conforto, mas também de dor e sofrimento, mesmo quando não o conseguimos identificar. Defendendo a Vida e os mais necessitados, entendemos a importância de dar a doentes terminais uma vida serena e sem dor que lhes permita passar seus últimos dias o mais confortavelmente possível e com dignidade. Em casos de doença terminal com sofrimento e sem esperança de cura, a vida não deverá ser prolongada artificialmente, porque mesmo se houver retirada de algum tratamento médico, a morte se dará por causas naturais e pela doença subjacente. Rejeitamos, no entanto, como ato criminoso de matar, a eutanásia ativa, voluntária ou involuntária de doentes competentes e incompetentes.
(Gn 1:27 e 28; I Sm 2:6; Ec 7:14;8:8; Jó 14:5; Rm 14:7-8; Jó 1:21;2:9-10; Fp 4:12; I Co 4:17; Rm 5:3; Ec 2; Pv 31:6; Mt 25:35-40; Gn 9:6; Êx 20:13).
Tendo sido levados pelo Espírito Santo a aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, e batizados, sob profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimo-nos, unânimes, como um corpo em Cristo, firmar, solene e alegremente, na presença de Deus e desta congregação, o seguinte Pacto:
Comprometemo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sempre unidos no amor cristão; trabalhar para que esta igreja cresça no conhecimento da Palavra, na santidade, no conforto mútuo e na espiritualidade; manter os seus cultos, suas doutrinas, suas ordenanças e sua disciplina; contribuir liberalmente para o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para o auxílio dos pobres e para a propagação do evangelho em todas as nações.
Comprometemo-nos, também, a manter uma devoção particular; a evitar e condenar todos os vícios; a educar religiosamente nossos filhos; a procurar a salvação de todo o mundo, a começar pelos nossos parentes, amigos e conhecidos; a ser corretos em nossas transações, fiéis em nossos compromissos, exemplares em nossa conduta e ser diligentes nos trabalhos seculares; evitar a detração, a difamação e a ira, sempre e em tudo visando à expansão do reino do nosso Salvador.
Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns dos outros; a lembrarmo-nos uns dos outros nas orações; ajudar mutuamente nas enfermidades e necessidades; cultivar relações francas e a delicadeza no trato; estar prontos a perdoar as ofensas, buscando, quando possível, a paz com todos os homens.
Finalmente, nos comprometemos a, quando sairmos desta localidade para outra, nos unirmos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto.
O Senhor nos abençoe e nos proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.